Projetos de Pesquisa
2024-2027
Relações globais árabes: ensino, pesquisa e diplomacia
Em 2024, fui contemplada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com uma bolsa de três anos para desenvolver a pesquisa intitulada “Relações globais árabes: ensino, pesquisa e diplomacia”. Este estudo dá continuidade à pesquisa realizada entre 2020 e 2023, intitulada Ensino-Aprendizado das Relações Internacionais do Mundo Árabe. O projeto retoma as seguintes perguntas fundamentais:i) O que são as Relações Internacionais do Mundo Árabe (RIMA)?
ii) Como e por que essa disciplina (diferente de Relações Internacionais do Oriente Médio) deve ser ensinada em nível de pós-graduação? iii) Como e por que os saberes sobre RIMA devem ultrapassar os muros da academia e alcançar outros setores da sociedade brasileira? A pesquisa parte do pressuposto de que a disciplina de RIMA, ministrada em nível de pós-graduação, deve ser construída a partir do lugar onde é ensinada, incorporando os saberes prévios dos(as) estudantes sobre a região (conhecimento situado) e conferindo a essa disciplina um sentido prático — em termos de práxis, de saber para intervir na realidade. O eixo central e a meta maior deste projeto é contribuir para a formação de recursos humanos e acadêmicos de alto nível, aptos a atuar em ambientes de excelência acadêmica, bem como em organizações regionais e internacionais. A extensão universitária vinculada a esta proposta busca qualificar diplomatas brasileiros em missões nos países árabes, militares engajados em missões de paz e cooperação internacional e empresários interessados em desenvolver relações comerciais com o mundo árabe. Além disso, visa promover a articulação de movimentos sociais e partidos políticos árabes e brasileiros e o fortalecimento de redes internacionais de pesquisa, reunindo pesquisadores(as) brasileiros(as), sul-americanos(as) e árabes. Tudo isso converge para o objetivo final de fomentar a ampliação e a consolidação das parcerias entre o Brasil e os países árabes, em níveis estatais e não estatais.
2020 – 2023
Ensino-aprendizagem de Relações Internacionais do Mundo Árabe
O que é "Relações Internacionais do mundo árabe"? Como – e por que – essa disciplina deve ser ensinada em nível de pós-graduação? Essas são as três questões inter-relacionadas que este projeto procura responder, fundamentado teórica e metodologicamente pela filosofia da educação de Paulo Freire, pela literatura de Relações Internacionais (RI) centrada nos estudos de regiões globais e preocupada com a construção de uma disciplina menos Nortecêntrica/Ocidentalocêntrica e, portanto, verdadeiramente global em sua forma, abrangência e conteúdo. A hipótese que guia esse projeto é a de que o avanço do conhecimento sobre como Estados, instituições e movimentos sociais considerados "árabes" interagem entre si e com seus pares não-árabes, tanto em nível regional quanto global, exige uma disciplina própria. Isso se deve ao fato de que um curso focado nas Relações Internacionais do mundo árabe (RIMA) permite o estudo de todo um conjunto de dinâmicas políticas, econômicas, sociais e culturais que simplesmente não podem ser tratadas adequadamente quando incluídas na disciplina mais ampla de Relações Internacionais do Oriente Médio. E essa disciplina de RIMA deve ser construída a partir do lugar onde ela é ministrada, ou seja, partindo dos saberes que os alunos já possuem sobre a região e dando a ela um sentido prático – em termos de práxis, de saber para intervir na realidade.
2018 – 2028
NEBRICS – Linha de pesquisa LEA-BRICS
Essa proposta de trabalho, vinculada ao NEBRICS da UFRGS, busca desenvolver estudos sobre as relações institucionais bilaterais entre a Liga de Estados Árabes (LEA) e os membros dos BRICS. Dentre os temas que essa linha de pesquisa engloba, destacam-se os desenvolvimentos do Fórum de Cooperação Sino-Árabe, Fórum de Cooperação Indo-Árabe e Fórum de Cooperação Russo-Árabe, iniciados em 2004, 2008 e 2009, respectivamente. Também discute o desenvolvimento das relações entre a LEA e o Brasil, especialmente dentro dos termos da Cúpula ASPA, iniciado em 2005. A partir de 2024, a pesquisa mudou seu foco para o ingresso do Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita nos BRICS.